Afinal, o que faz um líder em inovação?
O líder em inovação deve ser capaz de cocriar o futuro e antecipar-se a tendências.
Escrito por Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups
Nas últimas décadas, as empresas passaram por alguns importantes avanços gerenciais. O foco na qualidade forçou as empresas a desenvolverem processos de produção mais rigorosos. Em seguida, a onda do Lean e Six Sigma estimulou as empresas a adotarem processos empresariais ainda mais severos, eliminando lacunas e criando controles rígidos. Por fim, as empresas adotaram o Downsizing e o Outsourcing, onde qualquer tarefa que pudesse ser eliminada era eliminada, e qualquer trabalho que pudesse ser terceirizado por um menor custo era terceirizado.
Nesse processo evolutivo das empresas, ao mesmo tempo em que elas se tornaram melhor estruturadas e eficientes, tornaram-se também muito rígidas e, paradoxalmente, frágeis frente às bruscas mudanças do mercado e do ambiente. Em um cenário competitivo cada vez mais dependente da inovação, os avanços gerenciais alcançados nas décadas anteriores passaram a ser seu maior entrave. A partir daí, desenvolver competências para inovar passou a ser o principal desafio organizacional das empresas.
Quais habilidades deve possuir um líder em inovação?
Considerando a crescente importância da inovação e o acelerado ritmo em que é demandada, as empresas passaram cada vez mais a tratá-la como um processo gerencial. Assim como finanças, marketing, produção e vendas, a inovação também passou a demandar profissionais capacitados e especializados. As empresas entendem que não podem mais depender da genialidade individual de um líder extraordinário. Ao mesmo tempo, é cada vez mais compartilhada a ideia de que a inovação não pode ser restringida a um departamento ou função (como P&D, TI, marketing ou alta direção).
Inovação é um conceito muito amplo e remete a diversas definições, sem padrão de indústria e sem uma “certificação” validada. Esse conceito apresenta uma variabilidade enorme entre indústrias, e até mesmo dentro da própria empresa. Inovação pode ser a incorporação de uma nova tecnologia em um produto, um produto ou serviço totalmente novo, pode ser uma inovação de processo produtivo ou gerencial, pode ser organizacional ou de modelo de negócios. Sendo assim, o que faz e quais habilidades deve possuir um líder em inovação?
Uma boa forma de responder a essa pergunta é observando o que as empresas procuram e como elas especificam perfis para que seus agentes de recrutamento encontrem profissionais no mercado. A partir da análise de alguns desses perfis, identificam-se as seguintes características comuns.
O perfil de um líder em inovação: principais características
O líder em inovação deve ser capaz de traduzir os desafios estratégicos da sua empresa na construção de um portfólio de projetos e iniciativas de inovação. Ao mesmo tempo, deve ser capaz de realimentar a formulação da estratégia da sua empresa com informações sobre as tendências e mudanças no ambiente externo. Neste sentido, atividades como definição de escopo de projetos de desenvolvimento tecnológico, avaliação de propriedade intelectual e acompanhamento do desenvolvimento científico são fundamentais para esse líder.
Um líder em inovação de sucesso será um executivo altamente flexível e adaptável, capaz de gerar valor sustentável e crescimento empresarial. Ele deverá criar e implementar as melhores práticas existentes para uma abordagem holística para a inovação. Deverá ser capaz de criar ou integrar-se a ecossistemas para transformar as oportunidades de inovação em negócios.
Para alcançar tudo isso, certos traços de liderança são imprescindíveis. Conhecimento técnico e boa visão de negócios, aliados a habilidade de aplicar técnicas e ferramentas são características fundamentais. Também é desejável que se tenha agilidade no aprendizado, como um aprendiz incansável e versátil, aberto a mudanças e assimilando conhecimentos a partir de sucessos e fracassos. Apreciação a desafios e agilidade estratégica são outros pontos fortes.
O líder em inovação deve ser capaz de cocriar o futuro e antecipar-se a tendências. Articuladamente, deve trabalhar com predições claras e
executando planos de curto, médio e longo prazo. Esse profissional deve fornecer à sua organização o pensamento crítico necessário para determinar as abordagens que melhor se adequam a cada desafio, julgar quais ideias criativas e sugestões podem funcionar e quais não.
Mas, acima de tudo, um líder de inovação deve ser orientado para a ação, gostar de trabalhar duro e ser cheio de energia, superando metas
com sucesso e estimulando a si e aos outros, sempre em busca de melhores resultados. Tudo isso com integridade e inspirando confiança,
sem hesitar em admitir erros e falar a verdade.
Como se tornar um líder em inovação de sucesso
Tornar-se um líder em inovação não acontece do dia para a noite. Exige formação, experiência e muita dedicação. Os cursos tradicionais
não são suficientes para formar líderes em inovação. É necessário uma formação específica, que permita um entendimento aplicado de
negócios, aliado a um repertório pessoal de habilidades, ferramentas e processos, que inclui a compreensão de vários modelos de negócios, proposições e operações.
O líder em inovação não é um super profissional do qual a empresa depende para inovar, mas uma pessoa que alia boa formação a características pessoais distintas capazes de estimular os outros a inovarem.
É preciso investir cada vez mais em cursos capazes de fazer com que os potenciais líderes em inovação tenham acesso às ferramentas e conhecimentos necessários para alcançar o sucesso neste caminho.
Liderança Ambidestra: destacando-se no ecossistema de inovação
Em meio a todo esse cenário, surge o conceito dos Líderes Ambidestros, profissionais que entregam resultados tanto frente a situações conhecidas quanto frente a situações de incerteza, que são capazes de inovar e empreender sempre que exista uma oportunidade. Esses profissionais impactam positivamente as organizações e os ambientes em que atuam quando mudanças são exigidas.
Em outras palavras, os Líderes Ambidestros incorporam à sua formação executiva conhecimentos e habilidades de inovação e empreendedorismo em seus horizontes de curto, médio e longo prazo, aplicando-os em suas jornadas de desenvolvimento pessoal, suas rotinas empresariais e organizacionais
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