Referência mundial em open innovation: essa conquista é nossa
O Brasil é um país rico em talentos e recursos, e tem sido destaque em várias áreas de inovação e tecnologia ao longo dos anos. Hoje, somos a comunidade de open innovation mais vibrante e referência mundial.
A open innovation encontrou um terreno muito fértil para crescer aqui no Brasil. E não é por menos. A cultura inovadora está presente por aqui há séculos, somos referência em inovação há muito tempo. Do avião ao primeiro coração artificial, da máquina de escrever ao câmbio automático. São milhares de inovações que foram criadas por mentes brasileiras brilhantes, que impactaram o mercado nacional e internacional.
Seguimos com essa cultura inovadora nos dias de hoje, e com um nível de maturidade cada vez maior. Por meio da transformação digital e tecnológica, estamos evoluindo constantemente nas criações e rompendo barreiras.
Como a open innovation chegou ao Brasil
Há 15 anos, o método de open innovation foi apresentado para os atores de inovação no Brasil. O Centro de Open Innovation Brasil foi responsável por introduzir em massa os debates sobre o método e as promessas da inovação aberta por aqui, por meio da Open Innovation Week (Oiweek).
Conforme o ecossistema se desenvolvia, vimos, com mais frequência, a parceria entre empresas, universidades e governo na criação de ambientes, laboratórios e até organizações gestoras dedicadas à colaboração entre seus mantenedores e comunidades externas.
Universidades reorganizaram muitos de seus grupos de pesquisa em torno de centros orientados a desafios da sociedade e da indústria.
Laboratórios de pesquisa montaram infraestruturas de demonstração de tecnologia, visando à comercialização de resultados da pesquisa para a iniciativa privada.
Parques tecnológicos investiram na criação de ambientes de colaboração para integrar com mais facilidade os diferentes atores da inovação, e até países se uniram para criar organizações voltadas à colaboração bilateral para a inovação.
Essas iniciativas produziram um grande impacto em prol da colaboração para o desenvolvimento de inovações.
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Por que o Brasil é referência mundial em open innovation
Corporações de todos os segmentos perceberam que, se não adotassem processos de open innovation, acabariam se afogando. O que vimos nos últimos 15 anos, portanto, foi uma busca para entender, aplicar e obter resultados por meio da inovação aberta.
Publicado desde 2016, o Ranking 100 Open Startups foi criado com o objetivo de medir a prática de open innovation e reconhecer os principais praticantes do país. A existência dessa publicação, a visibilidade que traz para a open innovation e os dados que são gerados a partir de sua metodologia objetiva foram também fatores essenciais de estímulo à prática no país.
Assim, uma comunidade de open innovation surgiu. Falamos de mais de 200 mil profissionais que participaram de algum processo de interação e colaboração nos últimos anos, segundo dados do Ranking 100 Open Startups.
Além das corporações, as open startups foram protagonistas nessa história. Com a abertura das empresas para a colaboração, os empreendedores viram um espaço para ousarem em suas ideias e, assim, conseguiram sair do óbvio, ofertando soluções inovadoras cada vez mais de alto impacto, tanto financeiro quanto social.
Apenas as primeiras startups premiadas no Ranking 100 Open Startups, por exemplo, tiveram seu valor de mercado multiplicado em 20 vezes, passando de R$ 500 milhões, em 2016, para R$ 10 bilhões em 2022. Esse impacto financeiro gerado comprova o potencial dos negócios criados por esses empreendedores e como as corporações estão se abrindo mais para processos colaborativos.
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Estamos no caminho: rumo à classe mundial de inovação
O Brasil possui hoje, certamente, o mais vibrante ecossistema de open innovation do mundo. Extremamente colaborativo e conectado. Entretanto, tradicionalmente, o Brasil não possui uma cultura corporativa onde a inovação estava no centro da estratégia. Isso está mudando com a própria mudança do modelo de inovação, que depende cada vez menos da capacidade interna de desenvolver tecnologias, mas da capacidade de absorver e articular recursos externos para inovar.
Nesse sentido, a open innovation floresceu no Brasil mais que em qualquer outra região do mundo, pois a cultura empresarial brasileira tem três características fundamentais para o sucesso em inovação: criatividade, colaboração e abertura ao externo.
“Estamos ainda no começo, mas se formou no país a massa crítica necessária para construirmos um ecossistema de inovação de classe mundial. Temos uma comunidade acadêmica forte, startups, venture capital e agora o empresariado aberto. Faltam mecanismos de articulação e avanços institucionais, principalmente de leis e regulamentações, para de fato entrarmos numa era de ouro da inovação no país”, afirma Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups.