Case: Open Innovation para Logística Reversa e Economia Circular
Conheça o case de sucesso da startup Yattó com a Suvinil e como eles desenvolveram um plano de Logística Reversa e Economia Circular
Situada na cidade de Jaguariúna/SP, considerada uma das cidades mais sustentáveis do país, desde 2015 a startup Yattó tem se destacado pelas suas soluções de Logística Reversa e Economia Circular para empresas de médio e grande porte.
“Vamos cuidar do lixo do mundo?” é a missão da startup. E para alcançar esse objetivo, a Yattó desenvolveu uma tecnologia criada in house, aplicada no desenvolvimento de programas estruturantes de logística reversa e economia circular, que gera rastreabilidade, maior controle e segurança para reinserir produtos pós-consumo em sua cadeia produtiva. Na sua jornada de open innovation, estão diversos parceiros, que vão desde geradores, cooperativas, coletores, até recicladores. Hoje, a startup soma mais de 10 mil toneladas de resíduos reciclados e mais de R$ 10 milhões de reais movimentados.
Como a Suvinil implementou a Logística Reversa e a Economia Circular
Para Alexandre Galana, Diretor de Operações na Yattó, as corporações estão cada vez mais interessadas em implementar ações de logística reversa e economia circular, visando cumprir com a responsabilidade compartilhada que possuem sobre o ciclo de vida dos seus produtos, olhando também para o posicionamento da marca de forma mais sustentável e pensando em práticas ESG.
Porém, grande parte das corporações não possui expertise para desenvolver ações efetivas nessas frentes, muito menos tecnologias de rastreabilidade dos resíduos e conhecimento técnico para desenvolver sistemas de coleta, reuso, reciclagem e tratamento dos resíduos, o que dificulta a implementação dessas ações de ponta a ponta.
Para a Suvinil, um grande desafio era caracterizar, classificar e destinar corretamente toda a gama de produtos pós-consumo de pintura. Não apenas baldes, por exemplo, mas restos de tintas, massa corrida, esponjas e demais produtos que são considerados contaminantes.
Outra dificuldade enfrentada foi em relação aos consumidores. Afinal, como conscientizá-los a destinarem esses produtos? Muitas das vezes, os consumidores querem descartar corretamente, mas não sabem como fazer isso, afirma Alexandre. Também existem limitações de quais produtos podem ser reciclados e seus níveis de contaminação. Como exigir que a pessoa destine um balde totalmente limpo, por exemplo? Isso limita, ainda mais, os processos.
Identificadas as dores, a Yattó desenvolveu um plano que conecta os geradores de resíduos a ciclos de reciclagem. A partir de um trabalho de escuta ativa com a corporação, a startup lançou um projeto piloto, que foi implementado em 12 lojas nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
O público-alvo do projeto foi, além dos consumidores domiciliares, a rede de pintores da Suvinil. Por meio de um trabalho de conscientização e bonificação, a solução criada consiste em pontos de coleta de produtos de pintura. Ao entregar os resíduos, os pintores ganham créditos para trocar por novos produtos, fomentando ainda mais a participação deles, além de serem reconhecidos como parceiros da rede. A iniciativa também fomenta as cooperativas, viabilizando a reciclagem e a geração de renda.
Para os produtos contaminantes, a startup desenvolveu processos que identificam qual o processo ideal de tratamento, como o reaproveitamento energético.
O projeto vem rendendo bons resultados e agora já está em fase de expansão. O próximo passo é a implementação em 100 lojas em todo o Brasil.
Parceria de Open Innovation
Segundo Alexandre, os resultados do projeto foram possíveis graças à abertura da Suvinil, que desde o início do projeto, envolveu suas lideranças na cocriação da solução e deu espaço para a startup apresentar ideias.
Céldia Bittencourt, Senior R&D Technical Manager na BASF (Suvinil), ressalta que a parceria com a Yattó permitiu um processo de aprendizagem mútuo. Colocar-se no lugar do cliente e apresentar um projeto de longo prazo foram grandes diferenciais na consolidação da iniciativa.
O case possibilitou que a Yattó levasse a outros parceiros a solução de rastreabilidade dos resíduos de ponta a ponta, aumentando a sua participação inclusive no setor de Construção Civil. Um reflexo de como a Open Innovation com Startups mais do que dobra a cada ano e que empresas de todos os setores e de todos os tipos procuram fazer negócios com as startups.
Ranking TOP 100 Open Startups
A Yattó ficou em 3º lugar na categoria CityTechs do Ranking 100 Open Startups 2021.
Segundo Alexandre, a premiação deu credibilidade à startup para se conectar com grandes corporações e possibilitou uma visibilidade maior frente ao ecossistema de inovação.