Open Innovation: por que implementar essa estratégia no seu negócio
A Open Innovation ou Inovação Aberta tem sido uma das estratégias mais utilizadas por corporações líderes que querem inovar seus serviços, produtos ou processos
Nos últimos anos, passamos por uma verdadeira revolução nos modelos de inovação em empreendedorismo. Estamos vivendo uma era em que a inovação é baseada em plataformas de negócios, ecossistemas de inovação, capacidades dinâmicas e metodologias ágeis. Hoje, a inovação depende cada vez mais de um esforço colaborativo, via conexão entre os agentes do ecossistema de inovação.
Esse conjunto de mudanças tem feito emergir a gestão de ecossistemas de inovação como uma nova tipologia nesse contexto de plataformas digitais, e essa é a grande transformação que vivemos hoje: a inovação, cada vez mais, reconhecida como fruto da interdependência de ecossistemas e sua orquestração via plataformas. Além disso, as startups cumprem o papel como atores mais ágeis para validar a inovação em um ritmo mais rápido e enxuto exigido pelo mercado. Essas mudanças têm despertado cada vez mais o interesse das corporações em se relacionarem com as startups.
Nesse cenário, empresas líderes, de setores variados e de todos os tamanhos, estão adotando a prática de open innovation com startups como uma das principais estratégias para sustentar sua transformação e crescimento por meio da inovação, construindo suas plataformas de negócios ou participando das existentes.
O relacionamento entre Open Corps – corporações abertas à inovação – e Open Startups – startups que se dispõem a interagir com corporações em movimentos de open innovation – mais do que triplicou de 2019 a 2021, segundo o estudo Panorama da Open Innovation entre Corporações e Startups no Brasil I 2016 -2021, e a previsão é de que esse crescimento dobre anualmente pelos próximos anos.
Corporações que investem na Open Innovation
Nesse novo modelo de organização do mercado, diversas corporações têm não apenas investido em áreas de inovação – dedicando times específicos para esse fim -, mas também realizado transformações culturais para que a inovação faça parte do cotidiano de todos, em todas as áreas da empresa.
Os anos de 2020 e 2021 foram especialmente desafiadores para a economia brasileira, por conta dos impactos da pandemia de Covid-19 e da recessão econômica. Ainda assim, houve um grande aumento na atividade de open innovation entre corporações e startups nesses anos.
“A pandemia nos trouxe muitos ensinamentos. Somos interdependentes e precisamos colaborar para sobreviver. Desaprender é importante para os processos de inovação, e tornou-se essencial desaprender que, hoje, a rede de inovação não tem centro: é coletiva, é de todos e precisa de todos”, afirma Eduardo Peres, Diretor de Inovação na DB Server.
Na edição 2021 do Ranking 100 Open Startups, premiação anual que reconhece as startups e corporações líderes em open innovation, mais de 3.300 corporações concorreram ao prêmio TOP Open Corps, número que representa um crescimento de quase 70% em relação a 2020.
Dentre as primeiras colocadas no TOP Open Corps 2021, estiveram empresas como Ambev, ArcelorMittal, BMG, BASF e Nestlé.
“Sermos eleitos empresa líder em open innovation é muito valioso para nós. O reconhecimento chega em um momento em que completamos 100 anos no Brasil e coroa a nossa estratégia de inovação”, afirma Jefferson De Paula, CEO da ArcelorMittal.
Veja a lista completa das corporações premiadas!
Como se tornar uma corporação líder em Inovação Aberta
De acordo com os perfis das corporações premiadas como TOP Open Corps no Ranking 100 Open Startups, é possível identificar características semelhantes no que tange o olhar atento para as boas práticas de open innovation.
Essas corporações vivem o seu propósito, valorizam suas pessoas, ouvem mais seus clientes, fornecedores e parceiros. São corporações que se organizam capacitando as suas pessoas e se abrindo à colaboração com o ecossistema a partir de processos bem estruturados, visíveis, bem comunicados e transparentes.
São empresas que fortalecem e investem no ecossistema de inovação como um todo. Ou seja, não estão nele apenas para capturar e aproveitar o valor criado por terceiros, mas criam valor para o ecossistema, dando feedbacks, compartilhando conhecimento, disponibilizando recursos e investindo.