Educação Corporativa: aprendendo em rede e criando conexões 

Entenda por que a Educação Corporativa baseada em aprendizado em rede tem sido tendência no ecossistema de inovação.

A Educação Corporativa sempre foi importante! Com a velocidade das mudanças e das inovações, a habilidade de aprender, absorver e implementar tendências passou a ser considerada uma das principais competências buscadas em executivos. E, com tantos novos conhecimentos que surgem diariamente, a capacitação em rede, com o foco na criação de conexões e na colaboração, é a aposta de ouro de executivos e gestores que querem se destacar no ecossistema de inovação.

Dentro desse universo, o Lifelong Learning e o Lifelong Connected são as estratégias de capacitação mais valorizadas no mundo corporativo, como em áreas de RH, que buscam novas formas de engajar colaboradores, e até pelas lideranças, que estão cada vez mais antenadas na importância da promoção do conhecimento em rede. Ou seja, a capacitação tem permeado todas as áreas e tem sido propagada de diversas formas, reforçando o propósito de Transformação Cultural, uma estratégia cada vez mais adotada pelas empresas. 

Neste artigo, falaremos sobre os conceitos de Lifelong Learning e Lifelong Connected, e como ambos são tão importantes para executivos e empresas que buscam se destacar no ecossistema de inovação.

O que é Lifelong Learning?  

O conceito de Lifelong Learning – aprendizado ao longo da vida – implica que é necessário continuar se capacitando continuamente. Assim, a ideia é que o profissional enxergue a necessidade de continuar estudando e aprendendo durante sua trajetória profissional. Não basta apenas terminar a graduação, por exemplo. É necessário que o profissional busque cursos complementares ao longo de sua carreira, ampliando seus horizontes de conhecimento. 

O Lifelong Learning não leva muito em consideração cursos de mestrado,  doutorado ou MBAs. Essas modalidades são voltadas ao entendimento de áreas e desenvolvimento de novas linhas de pensamento. Já minicursos, conhecimento de novas ferramentas, novas técnicas, tecnologias e tendências refletem em um impacto mais direto e mais rápido no mercado. Assim, “conhecimentos empacotados”, de consumo rápido e processos ágeis compõem a lógica de aprendizado contínuo. 

Observamos um crescimento exponencial de cursos online nos últimos anos, principalmente devido à pandemia de Covid-19. Escolas regulares, universidades e outros centros de ensino tiveram que se adaptar para continuar ensinando aos seus alunos. O que era adaptação virou tendência, e, hoje, observamos incontáveis cursos, de diversos graus de especialização e que são oferecidos totalmente online. Sendo assim, plataformas e tecnologias de cunho educacional estão revolucionando a forma como as pessoas se capacitam: há mais cursos, mais possibilidades de desenvolvimento, além de muitos cursos com preços mais acessíveis e, sobretudo, muita qualidade no que é oferecido. Com tantas possibilidades, o Lifelong Learning está sendo praticado como nunca!  

Com mais pessoas buscando capacitação a partir de plataformas e tecnologias educacionais, observamos, também, uma evolução do conceito, no que tange o desenvolvimento educacional, principalmente relacionado ao aprendizado entre pessoas. 

O principal motivo que tem levado a essa transformação do conceito de Lifelong Learning está relacionado com a formação de turmas, uma vez que as pessoas estão se capacitando de forma individualizada. 

Na maioria das vezes, quem estuda online estuda sozinho, tira suas dúvidas a partir de pesquisas rápidas no Google, visita fóruns ou participa de um curso onde há a possibilidade de se conversar com um mentor por 1h a 2h por semana. 

O ensino online e individualizado compromete a formação de uma rede de estudo, composta por pessoas que possuem problemas semelhantes e que poderiam se conectar, em um processo de matchmaking, para falar dessas dificuldades. Assim, observamos uma evolução do Lifelong Learning: o Lifelong Connected, que ainda visa promover o aprendizado contínuo, mas em rede. 

O que é Lifelong Connected?

O Lifelong Connected é um termo novo e vem para complementar o Lifelong Learning. A lógica é a seguinte: o aprendizado contínuo permanece sendo de suma importância, porém, é necessária a formação de uma rede de estudantes, que poderão ter trocas relevantes e, consequentemente, formarão redes de conexões

Assim, o Lifelong Connected vem para complementar a lógica de aprendizado contínuo de forma individualizada, fomentando o aprendizado a partir de plataformas, tecnologias e inovações educacionais, criando redes de pessoas que vão se capacitar em conjunto.  

Com o Lifelong Connected, o executivo em capacitação, por exemplo, continua estudando de forma online, mas a grande diferença é que o seu conhecimento será formado ou complementado por meio das conexões dentro daquele ambiente de estudo, possibilitando a criação de vínculos, de relacionamentos profissionais e expansão de sua rede de contatos. Cria-se, então, nesse ambiente conectado, a possibilidade de falar com pessoas diferentes, de idades diferentes, de posições profissionais diversas, aumentando o nível de aprendizado. 

Com o Lifelong Connected, observamos, ainda, um aumento potencial na taxa de engajamento entre os participantes. Justamente porque eles são motivados a exercitarem trocas com os outros praticantes. Com essa complementaridade, observamos uma maior adesão e interesse dos praticantes, pois o modelo traz dinamismo e trabalha a socialização, um ponto de suma importância quando o assunto é aprendizado – afinal, nós temos como hábito aprender com os outros, seja observando, seja por meio de trocas. 

Educação Corporativa: capacitação em inovação

Ao observarmos como é composto o ecossistema de inovação, vemos a presença de diversos players: gestores de áreas de inovação, empreendedores, representando as startups, além de hubs de inovação, estudiosos do tema, entre outros. Enfim, o ecossistema de inovação é formado por uma grande quantidade de pessoas que buscam, cada vez mais, entender como os processos de inovação são desenvolvidos, para aplicá-los em suas realidades.

E uma das características mais marcantes, quando falamos de ecossistema de inovação, é a troca de experiências entre os players. Por exemplo, a corporação que busca entender a realidade de uma startup e como adotar processos mais ágeis; ou as startups que precisam entender as dificuldades de uma corporação para adotar uma solução tecnológica. Assim, a troca entres esses agentes é o que tem feito aumentar o número de interações entre eles, bem como a qualidade dessas conexões.  

Com essa visão, alinhada ao Lifelong Learning e Lifelong Connected, o Programa 100-10-1 Startups possibilita que gestores de inovação de corporações líderes em inovação aprendam se conectando com as startups, a partir de uma plataforma de capacitação online. Além das startups, esses gestores podem trocar experiências com outros líderes e executivos que fazem parte da turma em capacitação. Ao final, os praticantes tornam-se mentores de startups. 

A riqueza desse processo está em estabelecer conexões, a partir de cases e situações reais do mercado, em que o praticante pode contribuir com a startup de forma objetiva. 

“Um dos grandes aprendizados que estou tendo é a oportunidade de conseguir olhar para diversos modelos de negócios e conseguir contribuir conforme o contexto da startup. E isso abrange muito a nossa capacidade de colaboração e aprendizado. Conheci mais de 100 modelos de negócios e isso é incrível”, afirma Rodrigo Severo, Especialista em Inovação no Sicredi e praticante do Programa 100-10-1 Startups. 

Leia também: Veja como o Sicredi tem focado na capacitação de lideranças para acelerar sua jornada de inovação com startups

Essa junção do executivo que precisa se capacitar em inovação – seja para estruturar a área de inovação dentro da empresa, seja para trazer as melhores soluções de negócio -, com as startups, que querem validar seus modelos de negócios e desejam formar uma rede de contatos relevantes, é o reflexo de como o Lifelong Learning e o Lifelong Connected se aplicam na prática. Temos, então, a criação de um rede de pessoas que praticam juntas e que crescem juntas.

 

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